domingo, 16 de agosto de 2015

Diário de um amor proibido - Cap 12


No capitulo anterior: 
- Sabe, eu to querendo falar isso a um tempo, mas queria ver se você iria aguentar, e olha ta de parabéns, aguentou.
- Sim, quando a gente gosta da companhia de alguém, a tendencia é continuar ali, certo?
- Certíssima, mas não sei se devo falar.
- Poliana, fala logo pelo amor, você ta me deixando nervosa, eu fiz alguma coisa?
- Eu te amo.
Ouvi aquele áudio umas 10 vezes para ter certeza que era ela.
Quando ouvi aquilo, parecia que estava nas nuvens, me senti muito leve. 
Acho que esse "Eu te amo" só serviu pra afirmar que eu to perdidamente apaixonada por ela, e que eu to cometendo um suicídio, é, pois é o amor é assim, a gente nem escolhe por quem vamos sofrer, é triste.


Fiquei calada por alguns minutos pensando o que deveria falar para ela.
- Ta me zoando? - Falei com uma expressão confusa para o celular.
- Por que eu estaria? Não vai dizer que me ama também?
- Você nem sabe se eu te amo, osh.
- Só do jeito que você "reage" comigo da pra perceber.
- Ta, ta, eu amo mesmo.
- Fala direito então.
- Eu te amo.
- Ta bom, eu já sabia.

Me deitei na cama, e fiquei pensando o quanto aquilo era bom de sentir, e nesses pensamentos todos acabei dormindo.

Acordei com uns tapas na cara, imaginem, sim minha mãe...

- VIU, POR ISSO EU NÃO TE DOU NADA MENINA, OLHA O SEU CELULAR JOGADO NO CHÃO COM A TELA VIRADA, ISSO, ESTRAGA MESMO ANNA, ESTRAGA QUE VOCÊ NÃO GANHA MAIS OUTRO.
- Para de ser estupida, por favor.
Enquanto eu me levantava vi o Luan sentar na cama, coçar seus olhos e olhar confuso pra minha mãe.
- Nossa Tia, por isso ela fala tanta coisa ruim de você, credo, como você é chata.
Minha mãe chegou perto dele e bateu sua mão em sua cabeça, dando um tapa bem forte.
- Fale comigo direito menino. - Virando e saindo do meu quarto.
- Credo, ela é mesmo estressada, deus me livre.

Me levantei devagar, e só balançando a cabeça com um sinal de sim para Luan. Quando percebi que tudo ficou tao silencioso, olhei para trás e ele estava lendo minhas conversas, me joguei em cima dele com a esperança de não ter lido nada.
- A pergunta é...vocês vão ficar juntas? - Luan pergunta colocando o celular acima da cabeça para que eu não o pegasse.
- Eu não sei querido, mas você pode devolver meu celular por favor. - Fiz uma expressão brava.
- Não Anna, você primeiro vai me contar, ai eu te dou umas dicas de conquistas e então vocês ficarão juntas e serão meu shipper favorito.
- Para de viajar garoto.
Me joguei em cima dele, isso fez com que ele caísse e eu conseguisse pegar meu celular.
- Viu peguei seu trouxa.
- É sério Anna, me conta.
- Conto mas depois, primeiro vamos sair com as meninas?
- Ta bom, vamos.
Saímos do quarto, e o Luan ja ligou para as meninas.
- Oi gente linda, vocês podem sair hoje?
- A Letícia?
- Não, ela não tem nenhum problema com ela não.
Quando eu ouvi o nome "Letícia" na conversa encostei bem perto dele na tentativa de ouvir a conversa, mais fui empurrada para o sofá.
- Ela vai sim, e pode levar ela também, besteira elas não quererem nem se falar néh? enfim vejo vocês mais tarde, beijo beijo.
Olhei pra minha mãe, e fui retribuída com um olhar de desaprovação, e com a sua saída.
- Luan, não me diz que a Let... - Antes de eu poder terminar, ele me interrompeu.
- Sim, vamos todos nós juntos, por que? algum problema? Ai Anna primeiro você come e agora não quer nem mais conversar, coitada da garota.
Apenas olhei com cara feia e não respondi.
Quando olhei para frente, meu pai estava la.
- Oi, bom dia. - Meu pai falou sério.
- Hum, bom dia.
O silencio ficou absoluto durante alguns minutos.
- Eu mexi no seu celular duran... - Antes de meu pai terminar meu coração já estava pulsando muito forte, e então o interrompi.
- Você não fez isso.
- Sim, eu fiz, precisamos conversar.
- Não precisamos não, eu já pedi pra não mexer nas minhas coisas.
 Enquanto nós discutíamos o Luan estava de cabeça baixa fingindo que não estava nem no ambiente da briga.
- Quer passar vergonha aqui? Ou quer ir conversar no quarto? - Meu pai gritou.
- Pode falar, não tem problema.
Fui empurrada para o chão com muita força. - O que era aquilo no seu celular?
- Como eu vou saber? Não sei nem do que você ta falando seu louco. - Levantei minha cabeça olhando para os moveis e me levantando.
- Aquelas coisas fofas com essas "AMIGAS" ai.
Quando ele ia me dar um tapa na cara, minha mãe o segurou.
- Querido, se acalma, hoje em dia as pessoas são assim, amigas são fofas umas com as outras, não se preocupe com isso não. - Virando-o para ele olhar para seu rosto.
- Sua filha esta falando coisas nojentas, você não entende isso? - Retrucou colocando o dedo na cara da minha mãe.
- Para com isso, ela não faz nada. Ela dormiu na mesma cama que o seu melhor amigo, ela poderia ter feito coisas e você esta preocupado com algo que leu no celular dela, me poupe por favor. Se preocupe com sua filha, não com o que ela faz, ou deixa de fazer. - Tirando o dedo do meu pai de sua cara.
Ele olhou com uma expressão brava.
- Você gosta de homens, meninos não é Anna? - Falou se aproximando de mim.
- Sim pai. - Abaixei a cabeça.
- Ta, foi o que eu pensei. - Caminhou para fora do ambiente.
Me sentei no chão e comecei a chorar, Luan sentou perto de mim e encostou minha cabeça em seu ombro.
- Pode chorar florzinha, pode.
Eu tenho o melhor amigo de todos, o abracei e disse que queria muita sair de casa por umas horas.
Nos arrumamos para poder sair, dei um beijo na minha mãe e fomos encontrar as meninas.


Andávamos conversando sem parar, a não ser ele para responder seu boy no celular, e eu responder a Poliana também.
- Anna, posso fazer uma pergunta?
- Faça migo, faça.
- Posso trazer meu boy pra esse role maravilhoso?
- Huuuuuum....pode vai, gostei dele.
Ele deu todas as informações para o garoto ir, até onde o grupinho iria se encontrar.

Nos aproximamos da rodinha, e o Luan já chegou chegando, gritando, beijando todo mundo, enquanto eu ficava ali quieta.
Uma amiga chegou, me abraçou.
- Oi Aninha.
- Olá.
- Você ta bem?
- To sim e ai?
- Eu to ótima.
- Tem novidades?
- Nossa, eu tenho, to namorando. - O grupo inteiro olhou para ela.
- Uau, você, conta tudo.
Ela se afastou de mim e ficou no centro da rodinha.
- Amigos eu to namorando a Letícia.
Na hora que ela terminou de falar, TODO MUNDO olhou pra minha cara com expressões de (?) ela veio bem perto de mim.
- Mas a Anna não acha problema gente, então ta tudo bem - Falou dando tapinhas na minhas costas.
- Não acho mesmo gente, relaxem. - Tirei a mão dela da minhas costas e dando um sorriso falso.
A Letícia chegou na rodinha dando altos sorrisos, até a namorada dela chegar e dar um selinho nela.
- Oi meu amor. - Falando alto como se fosse provocar alguém.
- Ei, aqui não.
- Relaxa, eu já contei pra todos que estamos namorando.
Quando ouviu isso, olhou pra minha cara, e eu sorri e fiz um "beleza" com a mão, e automaticamente já abaixou sua cabeça.

Poderíamos ver claramente, as duas discutindo, o Luan se pegando com o namorado, pessoas falando de mim, pessoas tentando conversar, enquanto as coisas rolavam eu estava ali conversando com a Poliana...até ser tocada no ombro por alguém, e tendo meus olhos tampados.
- Adivinha quem é?
- Tira a mão, eu to tentando digitar. - Falei com a voz mais grossa possível.
- Nossa, desculpa - Letícia falou tirando as mãos do meus olhos.
- Relaxa, eu só queria digitar mesmo. - Falei rindo.
- Pensei que ficaria brava comigo.
- Ué, não entendo por que.
- Olha pra mim. - Ela puxou o celular da minha mão.
- Ta, o que você quer? eu to ocupada.
- Eu pensei que você ficaria brava comigo sei la.
- Por estar namorando?
- Sim ué.
- Cada um cada um, eu já disse que não ia ter nada sério, então cada uma seguiu sua vida, você ta certa.
- Entendi, então ta bom. - Falou devolvendo meu celular.
Não entendi muito bem aquilo tudo, mas continuei no celular, até ser empurrada e o grupinho começar a gritar "BRIGA" muito alto.
- VOCÊ REALMENTE NÃO SE IMPORTA COMIGO NÉH? - Letícia disse gritando.
- Do que você ta falando? - Olhei confusa.
- VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR ASSIM, NÃO PODE MESMO.
- Eu já te expliquei tudo, para.
- É ASSIM MESMO? PREFERE ESSA EM VEZ DE MIM? OLHA PRA MIM, OLHA PRA ELA, PELO AMOR NÉ.
- Cala a boca, para de gritar, para de me fazer pagar mico. - Sai do grupinho caminhando.
- É ASSIM MESMO? CERTEZA?
Continuei andando, até o Luan me alcançar com o namoradinho.
- Ta ligada que ela bebeu antes de vir né?
- Eu percebi isso, ela não falaria isso se não tivesse bebido.
- A garota ta magoada ein. - Depois já foi puxado para mais um beijo com seu namorado.
- Não, não ta, mas enfim vocês dois são uma comedia. - Falei rindo.
- Relaxa, ela vai te enviar mensagem pedindo desculpas, só presta atenção.

Continuamos andando na rua conversando, quando vi uma prima, a cumprimentei.
- Oi, faz tempo que a gente não se vê né? - Falei sorrindo.
- Verdade, nossa Anna, que bom que te encontrei, seu pai tava falando tanto de você hoje que até me assustei, acho melhor você se cuidar e tal.
- Como assim?
- Ele disse que leu coisas no celular mas que ele prefere não contar, que vai pegar seu celular, que você vai sentir na pele o que é sofrer e assim vai.
- Uau, ele ta bravo mesmo.
- Sim, toma cuidado viu. - Ela falou se afastando, e acenando pra indicar que estava indo embora.
Andei mais um pouco, e vi a casa do namorado do Luan, quando eles foram falar algo, eu já os interrompi.
- Ta bom, pode ir, eu te encoberto.
Ele veio me abraçar muito apertado, me enchendo de beijos na bochecha.
- Chega querido, vai la vai.
Esperei eles entrarem, encostei no portão respondi a Poliana e coloquei meu fone de ouvido e fui caminhando olhando pros lados, quando recebi uma mensagem do meu pai.
- Se prepara, temos que conversar, você não serve pra nada mesmo.
Eu não entendia o que se passava pela cabeça dele, uma hora ele tentava ser legal, na outra agia como um idiota. Ele me magoava como ninguém nunca me magoou, mas ele era meu pai...eu estava péssima porque a violência estava vindo de casa, quando eu esperava que viesse das ruas, de "amigos", mas eu estava sofrendo do meu pai, de uma pessoa que dizia que me amava, que me dizia que eu era tudo para ele...em meio a esses pensamentos deixei algumas lagrimas escapar, levantei minha cabeça e vi uma mulher claramente gritando e fazendo sinal com a mãos do tipo "Saia dai", olhei para frente e vi um carro vindo em minha direção...e tudo ficou tão escuro.




Pronto gente, até que enfim, e e desculpem de verdade pela demora, e também me desculpem se tiver algum erro por ai, meu teclado não ta funcionando direito, então me desculpem, espero que gostem, beijinhos. ♥♥

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